Alagoas abrigará fábrica de módulos fotovoltaicos de 70MW anuais

Planta fará parte do centro de energias renováveis que será instalado no Estado

Crédito: GettyImages

O Estado de Alagoas, até então pouco estimado para a implantação de empreendimentos para o setor de energia, ou indústrias para fornecimento da cadeia, está prestes a deixar está posição, contando com a implantação de uma fábrica de módulos fotovoltaicos com produção de 70MW anuais. Está será a primeira fase do projeto da Pure Energy Geração de Energia, que prevê o desenvolvimento de um Centro de Energias Renováveis na região.

O desenvolvimento do projeto surgiu da dificuldade de linhas de financiamento para o segmento fotovoltaico. Ao analisar o mercado, a empresa identificou que houve um aumento potencial para o Brasil, inicialmente, voltado para a microgeração.

“O nosso foco é a microgeração, atendendo ao mercado comercial e residencial, mas sem descartar a participação em leilões com usinas de até 30MW. Nossa projeção mostra que vai ter mercado para isso, desde que as placas fotovoltaicas consigam financiamento bancário”, explicou Mariana Monteiro Seabra, diretora Administrativa do projeto.

Para início da produção dos módulos fotovoltaicos, a diretora estima que o processo dure cerca de 12 meses, entre a importação dos componentes e a capacitação dos funcionários para a operacionalização. No início, a Pure Energy irá realizar a montagem dos módulos fotovoltaicos com componentes importados de seus sócios italianos BMS e Regran.

O projeto total prevê um investimento médio de R$40 milhões, e um prazo de 36 meses de implantação a partir da regularização dos incentivos fiscais, creditícios e locacionais, já aprovados pelo Conselho Estadual do Desenvolvimento Econômico e Social (Conedes) de Alagoas. O complexo ficará localizado na cidade de Marechal Deodoro.

A empresa ainda comemorou a classificação do projeto pelo programa Inova Energia, prevendo a aplicação dos recursos em fontes renováveis. “Estamos agregando P&D e inovação em toda a cadeia produtiva. O nosso projeto não é uma simples fábrica, mas conta com um laboratório para energia eólica, fotovoltaica, e solar térmica. O nosso papel é ter uma base de estudo, e trazer inovação tecnologia junto aos nossos sócios italianos para agregar valor dentro do nosso negócio, e desenvolver as tecnologias para a cadeia produtiva nacional”, explicou Mariana Seabra.

Fonte.: Jornal da Energia

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