Itaipu investe em planta para produção de módulos fotovoltaicos

Estimativa é de que todas as fases estejam operacionais em 3 anos; custo estimado é de 1 bilhão de euros

Por Natália Bezutti

Crédito: gettyimages

Depois de quatro anos de estudos, a Itaipu Binacional está perto de iniciar a primeira fase de um projeto industrial integrado para produção completa de módulos fotovoltaicos. A previsão é de que a planta esteja operacional em três anos, ao custo estimado de 1 bilhão de euros. No momento, a binacional está finalizando o estudo de viabilidade econômica, junto com órgãos e entidades governamentais.

Com a conclusão do estudo, que tem previsão para ocorrer entre maio e junho deste ano, será convocado um private equity, em que cada um dos investidores será convidado para entrar nesse complexo industrial em sua área de expertise de produção. O grupo já prevê parceiros operacionais e financiadores, tanto nacional como internacional, provenientes de cadastro de reserva.

Itaipu entrará com o fornecimento de energia – cerca de 74MW para tocar a planta – além de estrutura para a produção, em barracões que não são mais utilizados desde a conclusão das obras da usina, além da estrutura técnico-científica do Parque Tecnológico.

A primeira frase do projeto prevê a transformação de quartzo, passando gradativamente até chegar ao painel. Para isso, devem ser produzidas 18 mil toneladas de quartzo, e até 636MW pico de painéis solares por anos. “Isso significa a possibilidade de construirmos uma Itaipu com um complexo desse em até 20 anos. “Aí sim poderemos dizer que o Brasil faz parte da geopolítica do solar fotovoltaica mundial”, comemorou Cícero Bley, superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional.

E a expectativa é de que a produção será principalmente destinada ao mercado de geração distribuída no Brasil. “Nossas expectativas são para painéis solares nas casas, indústrias, em barracões de produção. É onde a gente acredita que possa ter uma forma muito interessante de indução do desenvolvimento econômico local, já que o desenvolvimento brasileiro é muito concentrado nas grandes regiões industriais e a possibilidade de a energia entrar no desenvolvimento descentralizado é tudo o que estamos buscando”, declarou Bley.

O estudo está sendo finalizado junto com a Federação das Indústrias do Paraná, com o governo do Paraná, e também com o governo de Bade-Vurtemberga, na Alemanha, que segundo Bley tem o maior conhecimento acumulado em todas as fases de produção dos módulos.

Fonte: Jornal da Energia

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